Chakras, Ferramentas para o autoconhecimento

3 de novembro de 2014

Cada um de nós tem um campo energético que sustenta o nosso corpo e órgãos internos. Esta energia, conhecida por bioenergia ou chi, é responsável pela vida e cumpre a nossa necessidade de energia subtil. Os vórtices existentes neste campo energético são chamados de chacras. Os chacras atuam como elementos de conexão entre o nosso corpo físico e não físico (astral, extrafísico), permitindo que as energias fluam de um desses veículos de manifestação para outro. Esta é a razão pela qual nós absorvemos e exteriorizamos energia do ambiente e trocamos energia com outras pessoas; por isso, eles formam o principal sistema, através do qual nós mantemos os nossos níveis de energia, vitalidade e saúde. Infelizmente, a maioria dos indivíduos, inclusive aqueles que têm algum conhecimento teórico sobre chacras e bioenergias, não entendem claramente os processos que ocorrem nos seus chacras e, dessa forma, não estão aptos a discernir, nem as sensações, nem as reações que experimentam face a um problema energético proveniente de outra fonte.
Considerando que os nossos chacras são os nossos “aparelhos” energéticos, através dos quais trocamos e mantemos o nosso nível bioenergético, e que as energias dos nossos chacras poderão variar em qualidade, ter maior conhecimento sobre o que se passa nos nossos chacras, é essencial para o nosso bem-estar.

O conjunto dos chacras compõem o nosso corpo energético e a aura, sendo a segunda um reflexo das energias do corpo energético por si. O nosso corpo energético é constituído por milhares de chacras. Diferentes escolas de pensamento reconhecem e estudam diferentes números de chacras. Em termos da nossa efetiva manifestação nesta vida, é essencial compreendermos e estarmos aptos a sentir os 10 principais chacras, mencionados mais à frente neste artigo. Se uma pessoa aprende a distinguir com clareza e dominar as suas energias, tornar-se-á possível para ela proteger-se de energias nocivas e equilibrar o aglomerado de energias em cada um dos seus chacras. Não obstante, como a maioria das pessoas não estão nem conscientes, nem habilitadas a controlar as suas energias, o seu principal método de reabastecer as suas energias é através da separação dos seus corpos não-físicos e físico, um processo que ocorre todas as noites durante o sono. Por outras palavras, até no nível inconsciente, nós experimentamos um tipo de semiprojeção astral (experiência fora do corpo), durante certas fases do nosso sono. Isto resulta no aumento de energias que absorvemos da dimensão extrafísica, colmatando, dessa forma, a nossa necessidade de energia sutil.

Nos casos em que o indivíduo não está a absorver, apropriadamente, energias durante a noite, devido a bloqueios energéticos ou ao padrão de energias presentes no seu quarto, poderá acordar, sentindo-se física e mentalmente descansado, mas não revitalizado, no que se refere a energias. Em, algumas condições, o indivíduo poder-se-á, também, sentir drenado durante o dia, devido a perdas de energia (através de todo o corpo energético ou de um chacra específico).

Muitas vezes, ouvimos pessoas a falar sobre chacras, como se fossem órgãos separados, cada um agindo independente dos outros. Contundo, os chacras atuam coletivamente. É por isso que, muitas vezes, sentimo-nos bem e vitalizados e outras vezes sentimo-nos esgotados ou drenados, energeticamente, como um todo, sem que seja um único chacra responsável por essa condição.
Não obstante, mesmo estando os chacras interligados e se afetem uns aos outros, cada chacra realiza uma função específica, trabalhando em harmonia com o corpo físico. Por esta razão, o equilíbrio energético é um aspecto fulcral, na saúde física e bem-estar. Um desequilíbrio num chacra pode ter repercussões físicas. Algumas das repercussões mais mencionadas no dia-a-dia são aquelas relacionadas às emoções, bloqueios energéticos e ativação das próprias energias, por exemplo, uma acumulação de energia que tem origem emocional no cardiochacra pode levar a que uma pessoa sinta pressão no peito, taquicardia ou abrandamento da respiração. Obviamente, deveremos sempre verificar, em primeiro lugar, se a nossa sensação tem causas físicas. Feito isto, podemos eliminar a hipótese de que as sensações não são originadas no corpo físico, e devemos considerar a possibilidade da causa estar num chacra, ou seja energético. Outro exemplo é quando os indivíduos experimentam um bloqueio desconfortável na sua garganta (normalmente, seguido de pressão), mesmo que não haja causa conhecida para esta condição. Isto poderá ser o resultado de um bloqueio energético no seu laringochacra, uma condição por vezes causada por choque intenso.

As feridas e traumas de vidas passadas, também, podem causar bloqueios nos chacras, que poderão resultar em problemas físicos. Por outro lado, a condição física dos indivíduos também influencia na sua condição energética. A nossa atitude, intenções, pensamentos, idéias, sensações e emoções também têm repercussões nos chacras, de forma positiva ou negativa. Aprofundando o nosso autoconhecimento e melhorando a globalidade das nossas atitudes, nós afetamos a qualidade da energia dos nossos chacras. De forma similar, conseguirmos sentir os nossos chacras e identificar a qualidade de energia de cada um, isso nos ajudará a aumentar o nosso autoconhecimento e a identificar as características da nossa personalidade que precisamos melhorar.
Assim, os chacras podem mostrar-nos onde residem os nossos pontos fortes e fracos, onde existem bloqueios, e como nós podemos reprimir informações relacionadas com o nosso passado (ou desta vida ou de vidas pregressas). Os chacras também podem ser utilizados para nos ajudar a melhor compreender como nós acoplamos energeticamente (tanto de forma consciente, como inconsciente) com pessoas físicas e não-físicas, algumas das quais equilibradas e outras não. O acoplamento energético é o resultado de uma troca mais intensa de energias com pessoas físicas e não-físicas e isto pode afetar consideravelmente a condição pessoal, dependendo da natureza da energia absorvida. Com um conhecimento razoável sobre chacras, nós podemos identificar o tipo de energia, o chacra responsável por acionar o acoplamento e podemos, então, trabalhar os pontos que estão a produzir os acoplamentos indesejados e fortificar aqueles que intensificam a nossa ligação com consciências mais evoluídas.

A maneira ideal de pesquisar os chacras é através da experiência da consciência fora do corpo, porque esta permite-nos perceber a realidade energética e não física que nos envolve. Isto, também, nos permite realmente ver os nossos chacras e as relações energéticas entre eles e seres não-físicos. Também, podemos ver quais os chacras estão bloqueados ou ativados e, nalguns casos, pode-se perceber a razão para tal. Pesquisar sobre chacras também deverá implicar observações sobre aspectos médicos relacionados com as condições físicas, psicológicas e mentais. Clarividência é outra ferramenta útil na pesquisa sobre chacras, mas é menos incisivo e efetivo que a experiência fora do corpo, a qual permite a observação direta da realidade, sob uma perspectiva sutil.

Ainda que nós tenhamos milhares de chacras, apenas os principais produzem resultados de pesquisa consistentes. Vejamos alguns dos mais importantes:

Plantochacras: estes são os chacras, os centros energéticos, nas plantas dos pés. Um das funções destes chacras é absorver energia da terra. Esta energia está relacionada com a nossa vitalidade física. Nós tendemos a absorver mais deste tipo de energia, quando estamos em contacto com a natureza, assim como quando passeamos num parque ou lugar tranqüilo, ou quando nos expomos ao sol. Sinônimos: plantochacras, chacras duplos das plantas dos pés, pré-kundalini.

Sexochacra: este chacra está relacionado com as nossas energias sexuais e recebe energia diretamente dos plantochacras. O sexochacra distribui energia por todos os outros chacras, mantendo a vitalidade e saúde do holochacra (corpo energético). Normalmente, a prática sexual saudável é benéfica às nossas energias, pois produz uma intensificação energética a qual é um importante elemento de manutenção da condição hígida das nossas energias, como um todo. Uma pessoa, numa condição desequilibrada de falta de desempenho sexual, pode experimentar acoplamentos energéticos indesejáveis, com seres físicos e não-físicos. Sinônimos: chacra principal, chacra genital, kundalini, muladhara , chacra base, chacra de origem, svadhishthana.

Umbilicochacra: este chacra, localizado aproximadamente um dedo por cima do umbigo, está ligado aos nossos instintos de sobrevivência e à generalidade da emotividade instintiva. Isto explica porque nós, às vezes, sentimos pressão no abdômen quando enfrentamos o perigo, experimentamos medo ou estamos preocupados. Um estilo de vida sedentário, problemas digestivos ou um constante estado de ansiedade ou insegurança podem causar bloqueios neste chacra. Sinônimos: cérebro intestinal, manipura , chacra do plexo solar, chacra umbilical.

Esplenicochacra: como sugere o nome este chacra está localizado perto do baço. Está envolvido no processo de absorção de energia não-física ou cósmica, no decorrer de uma projeção lúcida ou experiência fora do corpo. Uma profunda desvitalização (grande falta de realização ou tristeza dentro de uma pessoa) pode ter repercussões neste chacra. O budismo tibetano considera que este chacra está conectado ao sexochacra. Sinónimos: chacra do sacro, chacra do baço, terceiro chacra.

Cardiochacra: está localizado entre os pulmões e relaciona-se com emoções menos instintivas, tais como a compaixão e o ressentimento. Absorve energia do ar ou prana. Na generalidade, o cardiochacra é mais sensível na mulher do que no homem. Um desequilíbrio ou bloqueio neste chacra pode manifestar-se como uma sensação de peso ou pressão no peito apesar da não existência de uma causa fisiológica conhecida. Afetividade regular, o contacto físico com pessoas que nos são próximas e um amor, ajudam a manter um cardiochacra saudável. Sinônimos: anahata , 4º chacra; chacra pulmonar; chacra torácico.

Palmochacra: localizados nas palmas das mãos estão, diretamente, relacionados com o plexo pulmonar e o plexo cardíaco. Eles são usados para direcionar energia, permitindo-nos energizar ambientes ou pessoas, de uma forma direcionada. Os Palmochacras também estão relacionados com a nossa percepção de energia, o que significa que nós usamo-los para identificar áreas onde foram acumuladas bolsas de energia (que podem estar equilibradas ou desequilibradas). É importante compreender que podemos doar energia através de qualquer um dos nossos chacras, contudo, devido ao hábito de usarmos as nossas mãos no desempenho do trabalho, é normalmente mais fácil para a maioria de nós direcionar e doar energia com as mãos. Não obstante, devemos evitar estar condicionados a dirigir as energias apenas a partir dos palmochacras.

Laringochacra: está localizado na garganta e conecta com o plexo faríngeo. Está, diretamente, relacionado com a comunicabilidade e capacidade de nos exprimirmos. Falta de força energética, mecanismo de defesa e certas emoções podem afetar o funcionamento do laringochacra. É, por isso, que às vezes sentimos um nó na garganta quando estamos sobre intensa pressão. Sinônimos: chacra cervical, 5º chacra, chacra da laringe, larynx , chacra da garganta, vishuddha.

Nucalchacra: posicionado atrás da cabeça na região do cerebelo, o chacra nucal está relacionado com a comunicação com consciências não-físicas (indivíduos falecidos). Às vezes, experimentamos várias sensações neste chacra quando tais consciências estão presentes. Pessoas que demonstram uma enorme sensibilidade energética e que têm uma predisposição para o mediunismo, normalmente, têm o chacra nucal mais ativado e sensível. Sinônimos: chacra cerebelar, chacra umeral.

Frontochacra: localizado à frente, entre as sobrancelhas, o frontochacra também conhecido como o 3º olho, é responsável pela clarividência e está relacionado com a nossa lucidez fora do corpo físico. É possível desenvolver este chacra através de exercícios com as bioenergias e através do uso da concentração e racionalidade. Um frontochacra desenvolvido amplia as percepções extra-sensoriais de uma forma generalizada e facilita muito a projeção lúcida. Algumas pessoas experimentam sensações de pulsação, movimento, contrações, etc na cabeça devido à ativação do frontochacra. Sinônimos: ajna , chacra da frente, chacra da cabeça, chacra frontal, chacra pineal, 6º chacra, 3º olho.

Coronochacra: com localização no topo da cabeça e relacionado com a glândula pituitária, o chacra da coroa está em cima. Quando ativado, o coronochacra estimula todos os outros chacras, no entanto isto apenas é possível através do consciente desenvolvimento bioenergético dos outros chacras. Certos exercícios e técnicas com bioenergias podem auxiliar na expansão deste e de outros chacras. Os fenómenos da retrocognição (lembranças de vidas passadas) ou precognição (previsão de eventos ou vidas futuros) estão relacionados com a interação das funções do corono e do fronto. As lembranças das experiências fora do corpo também estão relacionados com este chacra. Sinônimos: chacra da coroa, sahasrara , 7º chacra.
Este post é uma contribuição autoral de Nanci Trivellato | Academia Internacional da Consciência (IAC)

Um comentário:

  1. Nossa, que bela explicação, eu conhecia os chacras por outro nomes, acho muito interessante esse assunto, faço meditações para alinhamento de chacras e tudo mais, mas nunca consegui ter nenhuma experiência em viagem astral. Beijos.

    http://www.gotinhasdeesperanca.com

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